ENCONTREI MEU LUGAR 2

Falei inicialmente sobre a geografia da minha vida. Nascida num lugar que não existe mais (Estado da Guanabara), criada até os 9 anos num bairro de classe média alta e super clássica, depois tive que me adaptar aos costumes da Baixada Fluminense, para em seguida aprender a viver na Zona Sul, Ipanema. E hoje vivendo na Babilônica Barra da Tijuca.
Tudo isso tirei de letra. Café pequeno. Nem contei dos lugares pelo mundo que tive oportunidade de conhecer. Tanto fora quanto dentro do Brasil. Lugares maravilhosos, viagens inesquecíveis, mas existem lugares dentro de nós mesmos que precisamos encontrar. Eu encontrei meu lugar dentro de mim mesma.
Tenho visto tantas pessoas ao meu redor deprimidas, insatisfeitas, frustadas, tristes, desanimadas, solitárias, amargas... Já me vi em todas essas situações, menos amarga. Minha essência sempre foi mais para doce.
Luto um pouco contra a vontade de julgar o outro, mas isso acontece porque sempre venci minhas lutas e por isso mesmo, penso que se venci, qualquer pessoa pode vencer. E se a pessoa fica se lamuriando, as vezes perco a paciência.
Encontrei meu lugar na pessoa de Jesus Cristo. Ele sim, me levou para lugares jamais imagináveis por mim. Jesus me levou ao impossível. Me levou ao perdão do meu carrasco, me levou ao perdão da minha decepção, me levou ao perdão do meu desamparo, me levou a minha libertação. Libertação de mim mesma.
Hoje sou livre para estar onde meu Deus quer que eu esteja, onde meu Deus deseja que eu esteja. Hoje sou livre para olhar para trás sem tristeza, sem rancor, sem mágoa.
Sou livre para aprender com meus arrependimentos, meus erros não foram em vão, aprendi com cada um deles. EU AMO MINHA MATURIDADE. É muito bom não ser uma criancinha num corpo maduro, sou muito alegre e divertida para a maioria das pessoas que me conhecem, mas muitas delas não sabem por onde andei para me tornar a pessoa que sou hoje.
Eu não tenho saudade da minha juventude, só fiz bobagem...Embora tenha me casado cedo, fui mãe muito jovem e amo minha família, mas nem sempre fui boa mãe ou boa esposa ou até mesmo boa pessoa. Havia muita amargura. Que bom que estou bem hoje, minha neta vai me conhecer no meu melhor...Tenho orgulho de ter muitos testemunhos para compartilhar e desejo compartilhar com vocês. Me digam um tema, e tenho certeza que terei uma boa história para contar, rsrsrs Vamos  nos encontrando por aqui e vou contar sobre meus presentinhos que recebi desse Deus maravilhoso a quem devo minha vida... Bjs!!

ENCONTREI O MEU LUGAR

Eu nasci no antigo estado da Guanabara. Meus pais nasceram no interior do estado, mas foram criados na Baixada Fluminense. Eram semi alfabetizados, trabalharam muito na vida para conseguir um patrimônio, uma casa própria em Duque de Caxias.
Eu porém nasci na Cidade, fui criada parte na Tijuca, parte em Duque de Caxias. Quando morava na Tijuca, era filha dos empregados de família de classe média alta, de quem recebi uma educação bem acima dos padrões das pessoas que conhecia em Duque de Caxias. Quando morei em Duque de Caxias, minha aparência um tanto quanto sofisticada, gritava que eu não era dali. Quando estava na Tijuca, podia brincar com os filhos dos patrões, mas numa situação de atrito, tinha sempre que ceder, afinal eram os filhos dos patrões. Quando estava em Duque de Caxias, brincava com os primos, mas era sempre tratada como a bobona que não sabia de nada.
Daí, cresci em meio a todos esses conflitos, mas sem sofrimentos. Sempre me contentei com o que tinha, nunca fui de me lamentar. Gostava de estar em ambos os grupos. Era suficientemente inocente para crer nas igualdades.
Porem a vida deu uma grande virada ao me casar com meu marido. Mais uma vez, me vi entre dois mundo distintos. Morando em Duque de Caxias desde meus 9 anos, completamente integrada a cidade e as pessoas, venho morar em Ipanema, rsrsrsrs
Não conhecia absolutamente nada da Zona Sul nem ninguém e mais uma vez procurando meu lugar. Se estava em Ipanema, as pessoas percebiam que eu era diferente pela forma de me colocar diante das situações, pessoas, hábitos e lugares. Quando visitava minha família, aos poucos fui percebendo que havia uma mudança gradual acontecendo comigo. Eu mais uma vez destoava de todos ao meu redor. Até agora só falei da parte geográfica da coisa. Apesar de toda essa confusão, encontrei meu lugar na Barra da Tijuca, lugar muito grande, onde todos vieram de diversas partes do Rio de Janeiro, onde poucos da minha faixa de idade nasceram aqui. Onde a identidade é Babilônica. Pretendo falar um pouco mais sobre isso, mas não quero cansar vc meu único, senão um dos poucos leitores, rsrsrsrss

DESPERDÍCIO

Hoje acordei e como sempre dei uma passada pelo Facebook. Adoooooro o Face. Fiquei espantada com a quantidade de pessoas que se lamentavam pela morte, que como dizem os tabloides, mais que anunciada.
Não sou insensível a morte de Amy Winehouse, mas meu espanto foi por uma considerável galera que se mostrou tão informada, mas nada comentou sobre a tragédia na Noruega. Será que a morte de uma pessoa que escolhe desperdiçar sua vida com drogas e álcool é mais pesarosa que a morte de 92 inocentes?
Tudo bem que ela tinha um grande talento, uma voz bem agradável e letras profundas. E creio que podemos nos penalizar por  sua morte e pela tragédia na Noruega. Alias, podemos  e devemos nos penalizar por ambas situações, mas me choca declarações como eu li no Face de uma amiga, onde um amigo dela dizia que deixara de ler jornal por causa da tragédias que se repetiam pelo mundo afora e que o tornaram insensível devido a banalização desse tipo de notícia. No entanto, esse rapaz declarou que seu pesar pela morte de Amy era muito grande ao imaginar que nunca mais ela faria um show.
Eu sinto muito pelas mães desses 92 inocentes que nunca mais terão seus sorrisos, seus abraços, seus beijos e suas conquistas... Sinto pela morte de Amy e pela dor que seus familiares devem estar sentindo, por perderem a esperança de ve-la recuperada. Na verdade Amy nunca soube o que era a vida.
VIVEU MORTA E MORTA ESTÁ PARA SEMPRE!!!!